Páginas

5 de julho de 2011

Da minha janela


Havia um tempo em que mi encantava olhar pela janela, eu via os meninos jogando bola, as pessoas passarem e ás olhava até ficarem pequenininhas e sob a perspectiva dos meus dedos eu podia pega-las. Sentia como se pudesse pegar o mundo inteiro com as minhas mãos, que quanto mas eu crescesse mais o mundo seria pequeno, um olhar infantil, puro, um olhar cheio de imaginação que a cada segundo mi fazia sonhar e pensar que todos os sonhos podiam se realizar, os sonhos mais simples e belo, tão puro que o meu coração se enchia de paz...

Depois o tempo foi passando, como as pessoas diante da janela, foi passando tão depressa que eu nem percebia a realidade, eu tinha pressa em chegar a algum lugar que eu nem sabia onde, eu olhava as pessoas sumirem no fim da estrada e já não tinha nenhuma perspectiva, nenhuma magia, nenhum encanto, eu sabia que elas não sumiam de fato, que na verdade era só o meu olhar inocente que era incapaz de chegar onde elas chegavam, eu percebi que eu estava crescendo, e que tudo o que eu tinha sonhado agora podia ser realidade...

Quando se é criança não existe regras na vida, choro não pode durar mais que um sorriso, as pessoas não são mais nem menos importantes, não importa quem sabe mais, a vida é simples e sem obrigação... 
Já não importa olhar pela janela, eu percebi que o que sentimos e pensamos ou o modo como vemos a vida e as pessoas não interessam a elas, só a nós mesmos e é por isso que muitas vezes temos que deixar para trás sonhos passados, lembranças que muitas vezes nos deixam inquietos. 

Eu cresci, hoje eu não gosto de olhar da minha janela, prefiro ficar no meu canto vazio, prefiro deixar que as pessoas passem, imagino o mundo ou o lugar onde vivo se eu não existisse, se diante de uma mesma janela ninguém nunca mi visse passar, já não vejo nada como via antes, o mundo ficou mais escuro depois que cresci, os sonhos que eu tinha diminuíram conforme eu crescia, hoje eles são tão pequenos que eu posso pega-los com as minhas mãos, é como se um grito ficasse engasgado na minha garganta e as vezes quisesse ecoar aos quatro ventos, mais não! sufoco até o fim o desejo de gritar, sinto cortar a minha garganta, mas consigo fingir estar tudo bem.

A humanidade caminha lentamente, e eu sei que estou diante da mesma janela que estava antes, quando ainda era criança, nada mudou tenho os mesmos sonhos, vejo pessoas passarem, e agora tenho vontade de chegar ao fim da estrada, talvez pela falta de esperança, construí outros caminhos, não menos importante, mas cheio de regras e obrigações, cheio de responsabilidade por tudo que faço da minha vida, tenho um olhar diferente sem nenhuma imaginação. Deixei que o tempo passasse sem conseguir acompanha-lo e sinto que estou parada a beira de um caminho sem saber qual é a direção...O mal do mundo é que tudo é tão depressas, o ritmo é tao acelerado, tudo tão agitado que não se pode sentir paz só uma inquietude nada mais, uma solidão...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não use palavrões, e por favor mantenha o respeito. Comentários agressivos serão excluidos.


Get your own Chat Box! Go Large!
Para colocar seu nome no xat, basta clicar sobre o botao verde correspondete ao seu nome, abrira uma caixa, apague o e coloque seu nome